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Habitantes Humanos
por Rhett Butler, Janeiro 2008
Casa Pigmeu casa feita com paus e folhas no norte da República do Congo. (Foto cortesia de "Tornasole") |
POVOS AFRICANOS
DA FLORESTA
Hoje,
A floresta tropical Africana é o lar de algumas das populações tribais
mais celebradas, o chamado "Pygmies" da floresta Ituri no norte do
Zaire. As pessoas mais altas, conhecidas como a Mbuti, raramente
excedem cinco pés (1,5 m). Além do Mbuti, existem outros três povos das
florestas tropicais da África: o Aka (Central Africano e do norte do
Congo República), o Baka (Sul do Camarões), e os Twa (Bacia central do
Zaire). Juntos esses grupos representam cerca de 130.000 à 170.000
habitantes distribuídos na grande floresta. O resultado é baixa
densidade populacional; o Mbuti tem em média menos de uma pessoa para
cada uma milha e meia quadrada (quatro quilômetros quadrados).
Os
povos Africanos da florest tendem a ser sensivelmente menores do que os
povos das savanas, o Pygmies por exemplo. Devido à sua pequena
estatura, sem dúvida, lhes permitem avançar sobre a floresta de forma
mais eficiente do que os povos altos. Além disso, a massa corporal
menor permitem que os pigmeus dissipem melhor o calor corporal.
Esses
povos vivem em bandos que variam de 15-70 pessoas dependendo dos
fatores externos, caça, comércio, doença e área florestal. Estes grupos
tendem a ser nómades, que se deslocam para novas partes da floresta
várias vezes durante o ano e transportam todos os seus bens em suas
costas. Seu estilo de vida nómade é menos prejudicial para o ambiente
da floresta, uma vez que permite que o grupo se mude sem explorar muito
dos recursos florestais locais.
Quando estabelecem residência,
eles limpam qualquer subarbustiva, pequenas árvores, e mudas, deixando
as árvores que formam o dossel intactas. Sob a capa do dossel, os
pigmeus são protegidos do poderso sol tropical e podem colher mel e
animais selvagens. Ao deixar o dossel intacto, quando o grupo sai, o
espaço pode rapidamente voltar à semi-floresta primária. As suas
cabanas superficialmente semelhantes aos iglu, formadas de mudas e
paredes de ripa e folhas de árvores.
A maioria dos povos das
florestas Africanas passam a maior parte do ano perto de uma aldeia
onde fazem o comércio de carne e mel por mandioca, laticínios, e outros
bens. A familia da floresta quase sempre fazem comércio com a familia
da aldeia, uma vez que escolhem e determinam os produtos, normalmente
continuam fazendo comércio exclusivamente com a mesma família. Às
vezes, a relação entre a familia da floresta e a familia da aldeia são
passadas à gerações futuras. Os povos da floresta, poderiam se mudar
pra aldeia se quisessem, mas eles escolhem, retornar à vida melhor da
floresta onde eles têm menos doença, a água é mais limpa, menos
trabalho, mais escolhas, menos incertezas, nenhuma necessidade de
dinheiro, e menos disputas. Estudos revelaram que os povos da floresta
Africanas têm uma saúde melhor e uma dieta mais saudável do que outras
populações sub-saariana da África.
O dia-a-dia da vida dos
povos da floresta é provavelmente mais simples do que a dos povos das
aldeias. As mulheres fazem a maior parte das colheitas, utilizando
cestas que carregam sobre suas costas. Homens concentram-se na caça e
da recolha de mel- o produto mais valorizado e altamente procurados da
África pelos Mbuti e outros povos. Os Mbuti sobem mais de 100 pés (30
m) no dossel para atingir o mel- contendo colméias. Ao chegarem ao
ninho, os alpinistas queimam um tipo de madeira que produz uma fumaça
que deixam as abelhas tontas e permitem que os Mbuti quebrem a colmeia
e recolham o mel
Os povos africanos das florestas são
excelentes caçadores e cada grupo florestal é especializado em seu
próprio método de caça. Por exemplo, os povos Efe caçam suas presas
(mais de 45 espécies de animais), quase exclusivamente com arcos e
flechas. Outros grupos usam ambos arco e flecha e redes para capturar
suas presas. Embora nestes grupos, a maioria dos homens fazem a caça de
animais arborícolas usando arcos e flechas; as mulheres desempenham um
papel importante na captura de animais terrestres. Os homens organizam
as redes em um semi-círculo e formam uma parede, com cerca de um
quilômetro de comprimento, com redes de caça. As mulheres espantam os
animais em direçãp às redes onde os homens utilizam arpão para matar o
animal.
Tradicionalmente os povos florestais têm uma grande
dose de respeito pelos animais que caçam e não abusam dos animais.
Mesmo assim, o comércio de carne aumentou bastante ao longo dos últimos
anos para satisfazer a procura da crescente da carne devido à expansão
dos povos da aldeia. Além disso, os povos florestais Africanos estão
sendo contratados como perseguidores pelos colhedores de marfim para
detectar os perigosos elefantes, cuja presas são mais valiosas do que
os elefantes da savana.
POVOS DAS FLORESTAS AFRICANAS DE HOJE
O pequeno número (em proporção à população sub-saariana) dos
povos florestais são altamente ameaçados pela destruição de suas
pátrias e políticas oficiais do governo para finalizar as suas
tradições na floresta. Nenhum título legal de terras foram concedidos
aos povos florestais Africanos pelo governo Africano Central. Durante a
década de 1980 e a primeira metade da década de 1990, segundo a
Organização das Nações Unidas de Agricultura e Alimentação, a África
perdeu a maior percentagem de floresta tropical (10,5 por cento), de
qualquer área florestal, resultando em uma queda ainda maior de povos
florestais. Grande parte do desmatamento foi resultado da expansão das
aldeias, devido à pressões populacionais em zonas florestais, e
comércio de madeiras pelas empresas multinacionais. Madeireiras são
particularmente problemáticas porque madeireiras abrem espaços e
estradas anteriormente inacessíveis auxiliando à rápida colonização.
Campos de madeiras não apenas trazem indesejados colonos, mas também
trazem doenças para os povos florestais que não têm imunidade contra
doenças como a malária. Além disso, os madeireiros geralmente não
trazem mandioca e laticínios para o comércio com os povos florestais,
ao invés, introduzem o dinheiro, cigarro e maconha. Por causa das
madeireiras com suas barulhentas maquinarias e serrotes, os animais
estão se tornando escassos para caça dos pigmeus.
A recente
guerra civil e o êxodo maciço de refugiados do Leste do Zaire, teve
efeitos desconhecidos sobre os povos nativos da floresta. Milhares de
refugiados recuaram para a floresta. A interação entre os refugiados e
os indígenas é, em grande parte desconhecidos no momento desse
documento, embora relatados, os pigmeus estavam tendo dificuldade de
caçar quantidade suficiente de carne. Questões de Revisão:
- Os Pigmeus são reais?
- Porque o tradicional estilo de vida dos povos florestais Africanos são ameaçados?
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Continuação: Povos Asiáticos
da Floresta
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